segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

BENÇÃOS NATALINAS

Gálatas 4:4-7

Introdução:
Muitos têm uma visão distorcida de Natal. Boa parte do mundo e eu diria alguma parte significativa da igreja não compreende o significado do Natal. Aspectos e verdades centrais da fé cristã foram diluídos ora pelo interesse econômico ou pela paganização religiosa. Todos sabemos que Papai Noel, árvores de Natal, guirlandas, bolinhas brilhantes e coloridas, bengalinhas de açúcar e anjinhos pendurados nas árvores, nada disso faz parte do Natal. São acréscimos culturais e pagãos feitos ao longo dos séculos e certamente não pelos verdadeiros cristãos.
Algumas verdades da fé cristã vão perdendo ano a pós o ano seu significado real. E o natal, que alguns dizem que não deve ser celebrado exatamente por isso, não escapou dessa situação. O natal tornou-se sinônimo de comilança, bebedice, consumismo, presentes e festas. Não me entendam mal, não sou contra comemorações e festa, mas isto não pode obscurecer o que natal realmente significa.

Gálatas 4:4-7 é um texto de Natal [encarnação]. Os Gálatas também precisaram de uma lembrança sobre o real significando do Natal. Eles estavam torcendo o Evangelho da graça de Deus para a escravidão da lei. Paulo escreveu estas palavras para os fazer lembrar do real significado da primeira vinda de Cristo e as bênçãos resultantes desta manifestação de Deus entre os homens.


I. A OCASIÃO DA ENCARNAÇÃO DE JESUS

Natal marca a entrada de Cristo em forma humana. Nós observamos detalhes importantes neste 1º advento:

A. Nascido na Plenitude dos tempos

Na ocasião correta, no momento exato, no tempo certo, no momento ideal, na ocasião propícia, não foi acidental, mas cronometrado. “Algo amadurecido, pronto para ser colhido”. Descreve o momento na história quando todas as coisas estavam no lugar correto. Deus não é dirigido por compulsão, mas dirigiu o universo sabia e soberanamente para esse momento oportuno.

A vinda de Cristo ao mundo não foi uma decisão tomada no tempo; ela recua à eternidade. Não foi decidida na terra, mas no céu; não foi resultado de deliberações humanas, mas a expressão do decreto divino.

A vinda de Cristo ao mundo foi resultado de uma minuciosa preparação. Aquele que está assentado no trono e dirige a história, preparou todas as coisas para que seu Filho nascesse na plenitude dos tempos. Que tipo de preparação foi feita?

1. A preparação cultural – Deus preparou o berço cultural para a chegada do Messias, através do povo grego. O império gregomacedônio disseminou a cultura grega e helenizou o mundo. A língua grega tornou-se universal. A comunicação ágil e ampla tornou-se possível. A disseminação das idéias ganhou celeridade. A mensagem do evangelho ganharia asas para voar até os rincões da terra através da língua grega. O Novo Testamento foi escrito na língua grega e por ser essa língua universal, a mensagem cristã alcançou todo o mundo em menos de um século.

2. A preparação política – Deus preparou o berço político para a chegada do Messias, através do povo romano. Se os gregos eram afeitos à filosofia, os romanos eram inclinados à política. O império romano dominou o mundo e tornou-se opulento. Estendeu o toldo do seu governo para quase todas as regiões do mundo antigo. Quando Cristo nasceu em Belém, o mundo estava sob o domínio de Roma. Através da conhecida Pax Romana, as guerras foram cessadas, os motins estancados, as rebeliões inibidas e um clima favorável à divulgação do evangelho estabelecido. Estradas foram abertas criando pontes de comunicação por todas as províncias do império, desde a Europa, passando pela Acaia até a Ásia Menor. Esses expedientes foram extremamente úteis para a rápida divulgação do evangelho. As viagens missionárias tornaram-se possíveis graças a esses avanços conquistados pelo império romano.

3. A preparação espiritual – Deus preparou o berço espiritual para a chegada do Messias, através do povo judeu. Em Abraão Deus escolheu um povo e fez dele seu instrumento para trazer ao mundo a sua revelação especial. Deus chamou dentre esse povo profetas que receberam e registraram as profecias sobre a vinda do Messias ao mundo. Israel deveria ser luz para as nações e manter viva a promessa da vinda do Messias. Deus usou os judeus como os instrumentos para escreverem o Antigo e o Novo Testamentos. Também, o Messias veio por meio dos judeus. Na plenitude dos tempos, quando todo o cenário estava pronto, e depois de cumpridas todas as profecias, Jesus desceu da glória e entrou na nossa história. Sendo Deus se fez homem, sendo rico se fez pobre, sendo Senhor se fez servo, sendo bendito se fez maldição, sendo santo se fez pecado. Ele nasceu para morrer, não por causa de seus pecados, porque não os tinha, mas para morrer pelos nossos pecados e nos dar eterna salvação.

Não há improvisação nos decretos de Deus. Ele conhece todas as coisas antecipadamente. Ele conhece o futuro no seu eterno agora. Ele planejou tudo e levará tudo a bom termo por seu eterno poder e sua perfeita vontade. O Natal não é uma criação da igreja nem um subproduto do comércio guloso, mas uma expressão graciosa dos eternos decretos de Deus, que nos amou a ponto de enviar seu Filho ao mundo para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.

B. Nascido de Mulher

"Nascido de mulher " -- a declaração "Deus enviou o seu Filho" não pode ser dito em relação a nenhum outro homem na história. [Todos tiveram um principio na concepção] Mas a declaração “Nascido de mulher” é uma verdade sobre todos os homens. Enquanto Jesus tinha sua origem divina, assumiu completamente a natureza humana. Ele entrou no mundo da mesma maneira que você e eu entramos. Ele nasceu de uma mulher. Ele era um homem. Ele era o filho de Maria. Ele teve fome, e teve sede, e comeu, e bebeu, e trabalhou, e riu, e chorou, e sofreu, e sangrou, e estudou, e cantou, e orou, e viveu, e morreu como um homem.

C. Nascido sob a lei

“Nascido sob a lei”. Ele nasceu um judeu. Como todos os judeus ele se colocou debaixo da Lei de Moisés. Embora fosse filho de Deus sujeitou à lei de Deus. Não veio abolir, mas cumprir a lei em nosso lugar. E perfeitamente cumpriu. Ele cumpriu não só exteriormente, mas obedecendo a lei de Deus perfeitamente no coração. Isto não pode ser dito de nenhum homem que viveu. Ele se pôs em pé de igualdade. Nas mesmas condições, no mesmo ambiente.

II. AS BENÇÃOS DA ENCARNAÇÃO DE JESUS

A. Para Resgatar Pecadores

Comprar a liberdade. O preço deste resgate foi a cruz [Gl 3:11-13]. É sob a lei de Deus que o homem será julgado e condenado. É ela capaz de julgar e condenar, ela não absorve, só condena, porque “todos pecaram” “não há um justo” “ela não resgata o homem da condição de pecador” só a revela. Não que ela seja impura ou injusta, não é que o homem tem uma enfermidade [pecado] que a lei não consegue [e não foi feita para isto] resolver. Por isso é uma maldição! Quer gostemos ou não todos os homens estão sob a lei de Deus! Jesus veio cumprir e pagar o preço das nossas transgressões, sofrer a pena que a lei requeira. Nos dá alforria e liberdade!

Pense, e não me trate mal se isto lhe parece ofensivo, se você não esta em Cristo a Bíblia diz que você é maldito! É amaldiçoado! Pode ser quem for: intelectual, jovem, casada, bom pai...E essa maldição só é quebrada quando Jesus lhe resgatar por meio do arrependimento e conversão!

B. Para Adoção de Filhos

Ele nos libertou da escravidão da lei, para alguma coisa melhor. Da escravidão para a filiação. Deus por meio de Cristo propõe o melhor para nós. Eu fico me perguntado porque há tanta resistência no coração humano para o arrependimento e conversão. Deus quer nos resgatar da condição da miséria do pecado, de maldição, para a condição de filhos!
Ele quer nos adotar. Quando os homens vão adotar outros [quando vão] colocam uma série de restrições [respondem um relatório descrevendo em detalhes]. Deus não é assim. Ele quer adotar, e dar-nos a condição de filho. Não de escravo, não mais maldito, não amaldiçoado! Mas de filhos! O homem sem Deus é chamado filho da ira, filho da desobediência, filho do diabo! Pois são pecadores não perdoados! Deus enviou seu Filho para obter outros filhos.

C. Para a Habitação do Espírito

Ele enviou seu Espírito aos nossos corações. Deus vive em nosso ser íntimo. Um Natal pessoal é o que Deus quer em cada um de nós. O Espírito Santo, o Espírito de Cristo que nos faz vivo, que nos faz saber que nós somos seus Filhos e que dentro de nós clama: Aba Pai.

As primeiras palavras que uma criança hebréia dizia era "Abba" ou "papai". Um afeto de segurança, de confiança, de crer naquele que é provedor e protetor.

Um grito de confiança, um grito de proximidade, um grito de parentesco, um grito de adoração e amor. Dos nossos corações e das nossas vidas Deus não está distante. Ele não é cruel, ele é Pai. Paizinho! Não há medo, pavor, insegurança, incerteza pois Ele é nosso Pai.

Será esta sua experiência? Você nasceu de novo? É um filho amado de Deus que com liberdade diz: Abba Pai?

Conclusão:

Se o Pai não tivesse enviado e Cristo não tivesse vindo: Não haveria igreja [IBF] Nós não estaríamos aqui. Não haveria o templo, irmãos, louvor, coral, ministérios, adoração, pregação, oração, EBD.

Mas pior ainda..

Se Cristo não tivesse vindo, as promessas de Deus teriam falhado.
Se Cristo não tivesse vindo, o mundo ainda estaria em trevas.
Se Cristo não tivesse vindo, não haveria cura para o pecado
Se Cristo não tivesse vindo, nós não saberíamos que Deus é amor.
Se Cristo não tivesse vindo, não haveria nenhum evangelho para crermos
Se Cristo não tivesse vindo, haveria nenhum Natal e nenhuma Páscoa.
Se Cristo não tivesse vindo, não haveria nenhuma esperança além da morte.
Se Cristo não tivesse vindo, nós ainda estaríamos perdidos, sem salvação.
Se Cristo não tivesse vindo, não haveria nenhuma boas novas para proclamarmos

Um comentário:

undineeakes disse...

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