segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O ENSINO DE JESUS SOBRE CASAMENTO E DIVÓRCIO [Parte 2]

Mc 10:1-12

I. SEUS PROPÓSITOS:

Razões comuns para as pessoas casarem: (1) fugir (2) sexo (3) para obter uma dona de casa [abrir o portão] ou uma pessoa que conserte as coisas (4) Para ter um sentimento de valor próprio (5) Razões econômicas (6) Apaixonado [paixão fulminante].

1. Companheirismo [Gn 2:18, Pv 2:17, I Pe 3:7, Ec 4:9ss]

Deus fez tudo bom e perfeito. O mundo ideal, ausente de qualquer pecado. No entanto constatou a necessidade do homem e então Deus criou uma companheira fiel [auxiliadora].Obviamente alguém pode estar casado e sentir só [o que é uma tragédia] mas o casamento visa suprir a necessidade existencial de um companheirismo]

Não significa perda da identidade ou individualidade, é uma parceira, uma sociedade completa em todas as áreas da vida. Neste companheirismo eles compartilham pensamentos, idéias, opiniões, decisões, emoções, alegrias, tristezas, aflição, angústia, amizades, aspirações, desejos, dificuldades e provações, lazer, oração, envolvimento com a igreja local, serviço no corpo de Cristo,

2. Filhos [Gn 1:26, Sl 127 e 128]

3. Testemunho do Relacionamento de Cristo e a Igreja [Ef 5:22-32]

Casamos principalmente para a glória de Deus. Não casamos simplesmente para obter algo, tornar feliz, mais realizado ou preencher um vazio existencial. Casamos para que juntos nosso casamento manifeste a glória de Deus.

II. SEUS PRINCÍPIOS

Nesse texto Jesus lança os quatro grandes pilares do casamento como instituição divina:

1. O casamento é heterossexual – v. 6
Deus criou o homem e a mulher, o macho e a fêmea (Gn 1.27). O relacionamento conjugal só é possível entre um homem e uma mulher, entre um macho e uma fêmea biológicos. O casamento é entre um homem e uma mulher. Um foi feito para o outro e é adequado ao outro física, emocional, psicológica e espiritualmente. Somente a relação heterossexual pode cumprir os propósitos de Deus para a família.

A relação homossexual não é uma união de amor, mas uma paixão infame, um erro, uma abominação para Deus. Essa união degrada a família, destrói a sociedade e atrai a ira de Deus.

O homossexualismo é uma prática condenada por Deus nas Sagradas Escrituras. Os cananitas foram eliminados da terra pela prática abominável do homossexualismo (Lv 18.22-29). Da mesma forma, a cidade de Sodoma foi destruída por Deus por causa da prática vil da homossexualidade (Gn 29.5; Jd 7). O ensino bíblico é claro: “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher, é abominação” (Lv 18.22). O apóstolo Paulo afirma que o homossexualismo é uma imundícia e uma desonra (Rm 1.24); é uma paixão infame e uma relação contrária à natureza (Rm 1.26); é uma torpeza e um erro (Rm 1.27). Paulo ainda afirma que o homossexualismo é uma disposição mental reprovável e uma coisa inconveniente (Rm 1.28). Quem o pratica recebe em si mesmo a merecida punição do seu erro (Rm 1.27) e não pode entrar no Reino de Deus (1Co 6.9,10).

Quero advertir sob um forte lobby capitaneado por uma mídia e pessoas de influência pela bandeira homossexual [orgulho gay].

Nos últimos anos os grupos organizados de homossexuais e representantes políticos que abraçaram as idéias da agenda homossexual têm procurado passar várias leis que apresentam o relacionamento homossexual como alternativa de vida, não somente aceitável, mas, por vezes, desejável e até superior. A sociedade vai sendo pressionada a aceitar o homossexualismo não como uma distorção da diferença entre os sexos, colocada por Deus nos seres humanos desde a criação, mas como apenas uma opção pessoal. A verdade é que a Bíblia sempre apresenta o homossexualismo como vergonha, abominação e perversão. Esse lobby é visto:

1. A presença intensa na mídia de homossexuais, que propagam seus estilos de vida já se faz presente há umas três décadas.
2. Programas [novelas, filmes e BBB] tentam retratar e apresentar relações homossexuais como modo alternativo de vida, envolvendo vidas até de adolescentes, em formação.
3. Proliferam as paradas de “orgulho gay”. Em São Paulo, a prefeita, na ocasião, veio a público dizer que um dia era pouco e que iria lutar para transformar o dia na semana ou no mês do “orgulho gay”, com múltiplos eventos e shows destinados a propagar o distorcido estilo de vida.
4.Mais recentemente, leis foram passadas legitimando a adoção de crianças por casais de homossexuais – uma violência sem par aos direitos da criança (que deveriam estar sendo protegidos) que é sacrificada a um ambiente de promiscuidade ou inversão sexual, em prol dos supostos direitos homossexuais.
5. O Senado está prestes a votar um projeto lei que equaciona a rejeição do homossexualismo com racismo. Este projeto (5003/01), que já foi aprovado por voto de liderança na Câmara dos Deputados (sem discussão em plenário) concede, abertamente, a prática afetiva entre homossexuais, em locais públicos, sem qualquer possibilidade de restrição ou chamada de atenção, sob pena de prisão aos que objetarem ou procurarem impedir.

2. O casamento é monogâmico – v. 7

Diz o texto bíblico: “Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe [e unir-se-á a sua mulher]” (9.7). Não diz o texto que o homem deve unir-se às suas mulheres. Deus não criou mais de uma mulher para Adão nem mais de um homem para Eva. Tanto a poligenia como a poliandria estão em desacordo com os princípios de Deus para o casamento (Dt 28.54,56; Sl 128.3; Pv 5.15-21; Ml 2.14).

Essa norma não foi apenas estabelecida na criação, mas também foi reafirmada na entrega da lei moral. A lei de Deus ordena: “... não cobiçarás a mulher do teu próximo...” (Ex 20.17). O uso do singular é enfático. Moisés não deu provisão à questão da poligamia. Os casamentos poligâmicos sempre foram marcados por muitos prejuízos e grandes desastres. O apóstolo Paulo afirma: “Cada um [singular] tenha a sua própria esposa, e cada uma [singular], o seu próprio marido” (1Co 7.2). Ao mencionar as qualificações do presbítero, Paulo adverte: “É necessário, portanto, que o bispo seja... esposo de uma só mulher...” (1Tm 3.2).

3. O casamento é união monossomático – v. 8

Jesus prossegue, e diz: “e, com sua mulher, serão os dois uma só carne” (9.8). As palavras hebraicas homem e mulher (ish e ishá) revelam que os dois foram feitos complementarmente um para o outro. O propósito de Deus é que no casamento, o homem e a mulher se tornem uma só carne, numa intimidade tal que não pode ser separada.[15] A união entre marido e mulher não é apenas emocional e espiritual, mas também e, sobretudo, física. O sexo que antes e fora do casamento é uma proibição divina (1 Ts 4.3-8), no casamento é uma ordenança (1 Co 7.5). O que é uma proibição para os solteiros, é um mandamento para os casados. O sexo é bom, é santo e puro (Hb 13.4). Deus nos criou sexuados. O sexo nos foi dado como uma grande fonte de prazer (Pv 5.15-19) e não apenas para a procriação (Gn 1.28).

III. SUAS PRIORIDADES

1. Deixar

O que não é: (1) Romper com todos familiares (2) Não assumir responsabilidade – abandonar.

O que é: (1) Deixar para trás um relacionamento de dependência emocional e financeira (2) Deixar para trás a autoridade divina dada temporariamente a eles sobre você (3) romper com laços de vida controlados pelos pais [centralizado], a aprovação e a intima confidência (4) Apegar-se a total responsabilidade pela vida e decisões.

Somente o casamento esse poder, romper esses laços, o relacionamento é temporário, o de casal é permanente.

2. Unir-se

Só poderá haver unidade, se houver ruptura da relação anterior. Tornando os dois uma só carne. Portanto o casamento estar acima de todos os outros relacionamentos.

A união conjugal é a mais próxima e íntima relação de todo relacionamento humano. A união entre marido e mulher é mais estreita do que a relação entre pais e filhos. Os filhos de um homem são parte dele mesmo, mas sua esposa é ele mesmo. Diz o apóstolo Paulo:

Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a Igreja (Ef 5.28,29).

João Calvino afirma que o vínculo do casamento é mais sagrado que o vínculo que prende os filhos aos seus pais. Nada, a não ser a morte, deve separá-los.[16]

IV. SUA PERMANÊNCIA [v.9]

O casamento é indissolúvel. O evangelista Marcos registra: “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (9.9). O casamento deve ser para toda a vida. É uma união permanente. No projeto de Deus o casamento é indissolúvel. O divórcio é uma conspiração contra Deus e contra o cônjuge. O divórcio é atentado contra a família. Quem mais sofre com ele são os filhos. As conseqüências amargas do divórcio atravessam gerações. A psicóloga Diane Medved afirma que alguns casais chegaram à conclusão de que o divórcio é mais perigoso e destrutivo do que tentar permanecer juntos.[18]

O casamento é indissolúvel porque foi Deus quem o instituiu e o ordenou. Porém, o casamento tem sido cada vez mais ultrajado em nossos dias. Comentaristas sociais declaram que 50% dos casamentos realizados nos Estados Unidos terminam em divórcio.[19] A Revista Veja de 27/11/2003 publicou um artigo revelando que nos últimos cinco anos o índice de divórcio entre pessoas da terceira idade no Brasil teve um aumento de 56%. Tragicamente, 70% dos novos casamentos surgidos entre os divorciados acabam num período de dez anos.[20]

Nenhum ser humano tem competência nem autoridade para desfazer o que Deus faz. Mesmo que um juiz lavre uma certidão de divórcio e declare uma pessoa livre dos vínculos do casamento, aos olhos de Deus, essa relação não é desfeita.

Ancara, 16 jan (EFE).- Eles têm 112 e 110 anos de idade, estão casados há 90, viram juntos a queda do Império Otomano, acompanharam o surgimento de novos países e sonham em continuar unidos até que a morte os separe.A história do casal centenário formado por Abdullah e Elif virou símbolo de amor eterno na Turquia. Abdullah Adiguzel, nascido em 1898, e sua mulher, Elif, nascida em 1900, se apaixonaram quando jovens e asseguram que nunca tiveram problemas no casamento em todo este tempo de convivência.
"Nos queremos muito. Nunca tivemos problemas em 90 anos. Só temos um último desejo: morrermos juntos. Porque se um de nós morrer, o outro sentirá que perdeu sua outra metade", explicou Elif à agência turca "Anadolu".
O filho mais jovem do casal, Ismail, de 60 anos e que ainda mora com eles, afirma que os pais são um "exemplo de amor" e de "casamento perfeito", não só para a família mas para todos que os conhecem. "Sempre foram fiéis. Nunca vi fazerem mal um ao outro. Frequentemente dizem que, se um deles morre, o outro lhe seguirá" explica o filho.
Provavelmente há um grande amor no casal de Yazibasi, mas também é certo que, nos povos da Anatólia rural, os casamentos duram até a morte de um, como demonstra um dos refrães dessa geografia: "Entrarás à casa de teu marido com um vestido branco de noiva, mas só sairás envolvida em uma branca mortalha".

A conversa que se desenrola agora não é mais com os fariseus, mas com os discípulos; não mais em um lugar aberto, mas dentro de casa. O contexto nos indica que os discípulos tinham uma visão bastante liberal sobre a questão do divórcio, pois quando Jesus falou sobre a infidelidade conjugal como a única cláusula de exceção para o divórcio, os discípulos reagiram com uma profunda negatividade em relação ao casamento: “Disseram-lhe os discípulos: Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar” (Mt 19.10).

O evangelista Marcos omite a cláusula de exceção que legitima o divórcio, registrada em Mateus 5.32; 19.9. Mas certamente, essa omissão não muda o conteúdo do ensino de Jesus sobre o assunto. A grande ênfase de Jesus é que o divórcio e o novo casamento, sem base bíblica, constituem-se em adultério.

Somente Marcos entre os evangelistas fala da mulher também tomando iniciativa do divórcio. Possivelmente, porque Marcos está escrevendo para os romanos e na sociedade romana uma mulher poderia iniciar o divórcio.

CONCLUSÃO

Não existem igrejas saudáveis sem famílias fortes.

Nenhum sucesso compensa o fracasso do casamento e da família.

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