Mc 6:14-29
Introdução:
Marcos narra com muita perícia uma trama e um drama. Uma trama é um enredo marcado por intriga, maquinação e complô, enquanto que drama é um enredo de tom triste. Aqui se tem os dois. É interessante pensarmos como Marcos narra a história. Geralmente narramos uma história pelo seu começo, no entanto há um recurso muito comum usado em filmes e na literatura que é iniciar a história de trás para frente, ou seja contando o fim e depois explicando porque a história termina assim [Sete Vidas e o Estranho Caso de Benjamim Buton]. É assim que Marcos procede. Além do mais ele é um expert em narrar história de uma forma vívida e dinâmica. Aqui ele pinta não apenas história um assassinato frio e covarde de um homem, Marcos vai além ele pinta interior dos personagens, ele desvenda corações, ele desnuda a alma, as motivações e o íntimo de cada um que terce essa trama ou esse drama. Há muitos personagens – João Batista, Herodias, Salomé, Herodes, que é o principal sobre qual desenrola o enredo. É para figura dele que gostaria de levá-los refletir nesta noite. Pensar sobre sua vida e suas atitudes serve para advertir-nos sobre o terrível perigo que pode correr um homem que faz pouco caso de sua consciência, que despreza oportunidades, que rejeita a advertência e a Palavra de Deus e que por tudo isto cava sua sepultura em um
fim melancólico e terrível, um homem que perdeu a cabeça...
I. É UM HOMEM PROMÍSCUO - DOMINADO PELOS PRAZERES
a. Adúltero
Herodes Antipas era casado com uma filha do rei Aretas, rei de Damasco. Ele era filho de Herodes, o Grande. Seu pai era Herodes, o grande o mesmo que tentou matar Jesus na infância. Herodes, o grande teve mais de 10 casamentos. Herodes Antipas era tetrarca da Galiléia e Pereia.
Divorciou-se para casar com Herodias, mulher de seu irmão Felipe (sua cunhada e sobrinha). Herodias era filha de Aristóbulo irmão de Herodes Antipas. Herodes Antipas ao casar com Herodias cometeu um adultério e um incesto [Lv 18:16, 20-21]. João Batista condena veementemente. João é um profeta que não teme as conseqüências de se calar, mesmo diante de um rei, mesmo que isto lhe cause prisão e morte.
b. Festeiro
Herodes é fanfarrão, dado aos prazeres. Ele festeja seu aniversário em meio a uma festa carnal. Estas festas eram extravagantes regadas a comida, bebida, mulheres, luxo, músicas profanas e danças. Um retrato perfeito da maneira como o mundo proporciona prazer carnal e pecaminoso.
c. Lascivo
Herodes é um homem controlado pelas paixões da carne. Principalmente da ordem sexual. Em meio a esta festa aparece uma jovem, Salomé [Josefo] que em uma dança sensual hipnotiza Herodes e os demais. Ele se rende aos encantos de Salomé.
Eis uma marca na vida de Herodes que lhe é destrutiva. Um homem dominado pelos prazeres. Infelizmente esta é uma marca na vida de muitas pessoas, e isto tem feito muita gente, muitas vidas perderem a cabeça. Homens e mulheres quando estão subjugados pelo desejo carnal – sexual - são inconseqüentes e impulsivos...
II. É UM HOMEM CONFLITUOSO – DOMINADO PELO MEDO
Herodias odiava a João pois quando ele falava contra Herodes atacava a Herodias e por causa dela Herodes mandou o prender e atar. As palavras de João mesmo diante da prisão continuavam a perturbar Herodes e Herodias
Herodes teme João, gosta de ouvi-lo, admira-o e respeita-o, ele sabe que ele era íntegro e que no fundo fala a verdade, mas prende-o (v.19-20). Ele vive em conflito, por um lado gosta de ouvir a Palavra, por outro se sujeita aos caprichos de sua esposa ou da pressão do povo. [Mt 14:5]. Ele deseja paz com Herodias e por isso tenta calar João. Ele tem satisfação com as palavras de João. João o prende com suas palavras. Mas ele prende a João.
Herodias sempre desejou matar João, Herodes em princípio não queria pois sabia que ele era um homem de Deus, um profeta – sua consciência o segurava de tamanha atrocidade. Mas sua consciência foi espatifada, poderia matá-lo, o problema não é ela é uma possível revolta popular. Ele não queira se vê a volta diante de situação política que ameaçasse seu poder. A questão aqui não era mais a consciência de que João era um homem de Deus, mas o medo de que uma insurreição levasse a perder seu trono.
Herodes podia ter ouvido João e ter posto um ponto final neste caso de adultério e ter posto em liberdade a João. Ou até mesmo nem tê-lo prendido. Ele prende-o João na busca de alguma saída que viesse a agradar tanto a sua consciência como a sua esposa. Mas desgraçadamente Herodes escolheu o caminho da surdez, não ouviu o profeta, não ouviu sua consciência, acabou matando um homem que ele mesmo sabia ser justo e santo.
Davi foi um homem que como Herodes adulterou, mas que diferentemente se arrependeu quando foi confrontado. Cuidado com o pecado em nossas vidas. Cuidado ele é como um câncer dominando e nos deformando. Cuidado com a consciência. Ela é um guia que Deus nos deu para refrearmos nossa natureza pecaminosa, mas ele deve ser bem tratada, bem treinada, bem educada mediante a Palavra, pois nós podemos perdê-la de uma vez, perder o temor, perder os limites.
III. É UM HOMEM FRACO - DOMINADO PELA MULHER
Herodes apesar de ser um “rei”, não passa de uma marionete nas mãos de sua amante. Trocou sua mulher por um traste. Herodias é cão vestido de saia. É uma mulher sagaz, dominadora, manipuladora, assassina. Herodes é um “banana” [não um barriga branca] come da mão de sua amante. Que se sujeita a seus caprichos. Herodias não tem um pingo de escrúpulo de usar até mesmo sua própria filha de uma forma imoral para atingir seus planos maldosos.
Herodias viu que aquela festa era sua oportunidade de calar de uma ver por todas a João e então traçou uma cilada para pegar seu amante e matar seu inimigo. Herodes então cai na cilada.
Não há mais nada lamentável de ver um homem sendo manipulado por uma mulher, que tragédia. Isto não é algo incomum. Na Bíblia vemos inúmeros homens dominados por mulheres e por suas paixões. Eva e Adão, Sansão e Dalila, Jezabel e Acabe.
IV. É UM HOMEM IMPULSIVO E INCONSEQÜENTE – DOMINADO PELAS CIRCUNTÂNCIAS [V.26]
Herodes é um homem incosequente e impulsivo. Não mede bem o que diz e acaba sendo refém e prisioneiro de suas atitudes irrefletidas. Sob influência do álcool [bêbado] e sob a influência do ego [convivas] disse que daria qualquer coisa para agradar a Salomé. Prometeu até o que não tinha. Quando viu a situação em que suas palavras lhe colocaram não teve a coragem e a humildade de contornar uma situação e acabou cedendo aos caprichos de sua amante.
Herodes na verdade ficou triste porque não queria matá-lo, mas acabou fazendo o que não queria. Não quis ficar por baixo. Ele sabia que estava errado fazer aquilo, mas fez, para agradar sua amante, para agradar Salomé, para agradar seus convidados!
Cuidado com o que você diz! Cuidado com atitudes e palavras impensadas ! Cuidado se você é por natureza impulsivo! Que fala demais e fala sem pensar. Cuidado para que não lamentemos mais tarde nossas palavras e nossas atitudes. Cuidado para que não tomemos decisões sem ponderar, sem refletir, sem pensar, sem usar a sabedoria. Não seja impulsivo, todo o impulsivo vai acabar perdendo a cabeça!
V. É UM HOMEM PERTURBADO – DOMINADO PELA CULPA [16]
O que Herodes ouviu? Ele ouviu sobre os poderes milagrosos de Jesus. A pessoa e as obras de Jesus estavam se espalhando e isto trazia percepções diferentes sobre Jesus.
a. Alguns criam que Jesus era João ressuscitado
b. Ele Elias. Este era predito que voltaria, como precursor do Messias (Ml 4:5)
c. Jesus era um grande profeta do AT
Eu diria que estas percepções ainda permanecem na vida de muitas pessoas. Alguns insistem em ver Jesus muito aquém do que ele é realmente.
Herodes ao ouvir isto tem sua consicência acusando. Sua consciência esta diante de um tribunal. Mas, apesar da "ressurreição" de João e dos atos de poder de Jesus, Herodes se endurece.
Herodes temia João Batista quando este era vivo, mas depois de matá-lo ainda continua a temê-lo. João Batista é um fantasma na vida de Herodes. A sua pessoa e a sua mensagem o atormenta. Sua consciência está atormentada e ele não consegue viver em paz. Ele separou de sua esposa, ele adulterou com Herodias, ele vivia de festa e bebedice, ele se dava aos prazeres, mas sua alma vivia sob tormento. Ele vivia sob culpa. Seu interior o acusa.
E nada é mais perigoso que uma consciência pesada sem arrependimento. A culpa é terrível e mortal no homem. Ninguém consegue ter paz sob uma consciência carregada de culpa. Só há uma solução para a culpa – o arrependimento, a confissão e o perdão. Sem este você não conseguirá ter paz. Então desafio você a se arrepender dos seus pecados para você ter perdão.
Conclusão: Conselho!
1. Não ame o pecado!
2. Não endureça diante da repreensão!
3. Não feche as portas a sua salvação!
terça-feira, 14 de julho de 2009
PORTAS FECHADAS E PORTAS ABERTAS
Mc 6:1-13
Introdução:
Paradoxo! Você sabe o que é isto? É quando duas idéias estão em oposição. E isto é visto aqui. Em Mc 5 vemos a fé e em Mc 6 vemos a incredulidade. Em Mc 5 vemos Jesus triunfando sobre as tempestades, o diabo, a doença e a morte. Agora no capítulo 6 vemos a incredulidade dos nazarenos bem como de outras personagens. Eis o paradoxo! A fé é triunfante sobre as calamidades da vida, mas a incredulidade também é real e terrível. A fé pode triunfar sobre as adversidades, mas a incredulidade também tem sua face. E quando ela mostra sua cara fecha as portas a pregação do evangelho. Certamente é uma experiência amarga meditarmos na incredulidade, no entanto é necessária, primeiro para alertarmos os crentes para não permitirem esse mal em seus corações [Não temas, crê somente!], mas principalmente para alertamos os não-salvos que seu grande mal é sua incredulidade, sua descrença, sua não confiança, sua não entrega. No entanto para nós portas fechadas devem nos levar a busca de outras portas que certamente se abrirão pelo poder do evangelho de Jesus.
I. A INCREDULIDADE HUMANA FECHA AS PORTAS A SALVAÇÃO
1. A Natureza Terrível da Incredulidade
Só podemos compreender a terrível consequência da incredulidade se pensarmos primeiramente em sua natureza. Ou seja adianto-me em dizer que a incredulidade leva a condenação ao inferno, mas alguns acham que inferno é brincadeira, algo criado pela religião para amedontrar pessoas. Se entendermos a natureza terrível da incredulidade teremos melhor condição de entendermos o preço terrível que ela gera.
a. Ela é indesculpável
Jesus já estava em pleno exercício do ministério e estava operando milagres [Carfanaum – 30 km] e sua mensagem ecoava na vida de muitos. Portanto os nazarenos não tinham desculpas! Da mesma forma a incredulidade é injustificada, ninguém é indesculpável perante Deus! O poder e a graça de Deus tem se revelado de uma forma clara na vida de muitos e esse testemuho do poder e da graça torna o homem indescupável.
b. Ela é fruto de oportunidade
Jesus oferece a Nazaré [terra onde cresceu] a oportunidade de ouvi-lo e vê-lo pela segunda vez. Jesus crescera ali. Alguém disse que os nazarenos foram as pessoas mais privilegiadas do mundo porque o Filho de Deus cresceu ali. Por trinta anos Jesus andou ali e aquelas pessoas tiveram o Filho de Deus ali morando. Mas quando inciou o ministério Jesus começou por lá e ali ele foi rejeitado (Lc 4:16-30). Ele foi expulso da sinagoga, aqui Jesus oferece uma segunda oportunidade.
2. A Causa da Incredulidade
O povo tornou-se incrédulo por causa da origem de Jesus. Via-o apenas como o carpinteiro, filho de Maria, cujos irmãos e irmãs eles conheciam. Para eles Jesus era um qualquer! Para eles Jesus era simples de mais! Eles percebiam a diferença em Jesus, surpreenderam-se com sua sabedoria e poder, mas não conseguiam compreender ou explicar porque ele era assim! Como um pé rapado é capaz de fazer isto? Como um Zé ninguém poder falar assim e agir assim?
Jesus não tinha honra de seus conterrâneos! Aliás Jesus não teve honra nem dos seus irmãos, nem de sua cidade, nem do seu povo.
3. A Consequência da Incredulidade
a. O Risco da Familiaridade com o sagrado
Se a proximidade com o sagrado é um privilégio ela também é terrível por outro lado. A familiaridade com o Jesus gerou ali preconceito, rejeição, desprezo e não fé. Nada é mais perigoso para alma humana do que se acostumar com o sagrado.
William Barclay afirmou que as vezes estamos tão perto de uma pessoa para ver sua grandeza! Eles acham que conheciam Jesus, mas seus olhos estavam cegos! É interessante que o homem admira o que esta distante, o que é intocável, o mito. O homem não consegue perceber a grandeza da simplicidade.
Cabe aqui uma aplicação sobre o perigo de acostumarmos com o sagrado. Dizem que quem mata é costume e isto é verdade. Quando nos acostumamos com determinadas coisas corremos o risco de perdermos o real sentido dela. Quando nos acostumamos de ir e vir ao culto, podemos correr o risco de acharmos que isto é um mero passatempo, o senso do temor e da reverência é perdido, a atitude de desprezo ou de tanto faz podem tomar conta do seu coração. A perca da alegria, do temor, da reverência, do senso da presença de Deus é o risco que podemos correr quando nos acostumamos com o sagrado!
Cabe mais outra aplicação. Cuidado adolescentes e jovens filhos de pais cristãos. Cuidado, pois você tem crescido no ambiente do sagrado e o costume pode levar a vocês a desprezarem, a rejeitarem porque se acostumam e se acostumam mal. Privilégio traz grandes conseqüências e o desprezo deste privilégio pode endurecer seu coração!
b. O Risco das Portas se Fecharem Definitivamente
Há um preço maior ainda da incredulidade, é que as portas podem fecharem em definitivo! Privilégios e oportunidades não são constantes, elas podem desaparecer! Jesus não permaneceu em Nazaré. Ele foi adiante! Ele não insistiu com ela. Não perdeu tempo. Jesus foi aqueles que poderiam responder a sua mensagem. Deixou Nazaré pela segunda vez e possivelmente pela última!
Não pense que você tem toda oportunidade do mundo para se converter e se arrepender! Tome cuidado! Não se engane! Sua incredulidade pode levar você a uma situação irremediável e incurável, e irrecuperável. Não despreze! Não endureça! Não brinque com as coisas de Deus, não rejeite o apelo ao arrependimento! Não faça isto! Converta-se! E arrependa-se logo! Logo! Você não tem todo o tempo do mundo não! Que é a vossa vida! [Michael Jakson]
c. O Risco de Milagres não serem realizados!
Quão terrível é o preço daí incredulidade, quão desastroso. A incredulidade gera rejeição de Deus e perca de privilégio. A incredulidade fecha as portas aos milagres! O texto de diz que Jesus não pôde! Como? Entenda o texto não esta falando da incapacidade de Jesus em fazer milagres, mas de sua decisão de não querer fazer! Na verdade é Deus que esta pondo um ponto final! Ele não queria e nem deveria fazer mais milagres.
Não há sentido milagres sem Jesus! Há pessoas que querem que um milagre ocorra em sua vida, mas não querem Jesus como Senhor. Eles querem o poder, mas não querem a pessoa!
Que pecado terrível é a incredulidade. É o pecado mais comum no mundo. E o pior, este pecado enche o inferno – Quem, porém, não crer será condenado” (Mc 16:16).
II. JESUS ABRE A PORTA A SALVAÇÃO
Como?
1. Por meio dos seus Discípulos
Jesus chamou, capacitou e enviou os apóstolos (Mc 3:14-15). Agora eles estão treinados, eles são enviados. Eles vão realizar o trabalho em nome de Jesus, com sua autoridade, levando sua mensagem, com extensão de sua própria missão. Quem recebe eles, recebe o próprio Cristo (Mt 10:40). Estou precisando de líderes e por isso tenho capacitado num curso, sei que curso não faz líderes, mas contribui. Por isso ore. E se você sente o desejo de liderar não tenha medo!
2. Por meio da Pregação do Evangelho
Jesus enviou-os a pregarem o evangelho. Ele lhes deu o conteúdo, não era sua opiniões e nem sua idéias próprias era a mensagem do Senhor. Essa mensagem fala de:
a. Arrependimento
Eis a mais urgente necessidade do homem diante de Deus. Arrepender-se significa mudar a mente e uma nova ação em face desta mudança. Não é mero choro ou sentimentalismo. Esta é nossa mensagem principal – Arrependei-vos! Essa é sua necessidade! Não podemos exigir menos do que isso! É impossível alguém entrar no Reino sem isto! Não haverá pessoa no céu sem que tenha se arrependido!
b. Cura
Os apóstolos pregaram aos ouvidos e aos olhos. Eles ungiam as pessoas com óleo para serem curadas. O óleo ali não é medicinal ou mesmo cosmético, é simbólico. Símbolo da presença, da graça e do poder do Espírito Santo. Creio que Deus também nos chama a orar pelos enfermos. No entanto a cura divina é soberanamente determinada por ele. Deus opera por meio indireto e direto. Obviamente aos apóstolos devido a sua posição e preeminência foram dons extraordinários no cumprimento de sua missão. Exemplos eles ressuscitaram mortos, sua sombra curava, seus lenços curavam, eles foram picados por serpentes.
c. Autoridade sobre os Demônios
A libertação faz parte do evangelho. O Messias veio para libertar os cativos. Ele se manifestou para libertar os oprimidos do diabo e desfazer suas obras. O reinado de Deus invadia o reino de Satanás e trazia livres os cativos e oprimidos pelo diabo!
3. Por meio de Estratégias
Deus não é contra metodologia. Eu não sou. Falei numa mensagem atrás sobre culto facilitador (ou culto sensível aos incrédulos). Oponho-me não a metodologia ou estratégias, sou contra toda metodologia que ameaça a integridade do evangelho, que dilui e que camufla as implicações do evangelho. Metodologia que açucara o evangelho tirando dele implicações como negar-se a si mesmo, a morte do eu e para o mundo.
Deus usa estratégias, Jesus usou, os apóstolos usaram e a igreja deve usar. Vejamos mais de perto esta estratégia:
a. Devemos fazer a obra em conjunto
Foram enviados de dois em dois. Ensina-se aqui que para fazer a obra de Deus precisamos de cooperação, de encorajamento. É melhor dois do que um (Ec 4:9)
b. Devemos confiar no provedor e não na provisão
Creio que tudo o que Deus quer que façamos, Ele nos dará os recursos. Assim se estamos carentes de alguma necessidade não podemos culpar o Senhor, mas confiar nele sempre. Eles não deveriam levar túnica extra, alforje ou dinheiro. Deveria confiar na provisão divina. O ministério não é dado para o enriquecimento de ninguém! O ministério não deve ser fonte de lucro.
c. Devemos ser sensível a cultura das pessoas
Deveriam comer o que se colocava na mesa e não deveriam ficar mudando de casa em casa estando numa cidade. A hospitalidade era um dever sagrado no oriente. Envolvia saudação, lavar os pés, e comida, proteção e companhia. Os pregadores não devem podem violentar a cultura do povo ao pregar a Palavra de Deus.
d. Não devemos forçar as portas, mas aproveitar as abertas.
Onde houvesse rejeição os apóstolos não deveriam permanecer, antes deveriam buscar pessoas sensíveis. Precisamos ser sábios e cautelosos, não jogando nossas pérolas aos porcos! É preciso orar para que portas se abram e que estejamos atentos as estas portas.
Conclusão:
Há um perigo terrível na rejeição do evangelho. Você pode na vida ter o privilégio de rejeitar algumas coisas por suas razões pessoais. É sua escolha. Você pode não querer algo. É sua escolha. Inclusive você pode querer rejeitar o evangelho e fechar a porta. Mas saiba bem disto: Não há salvação fora do evangelho, não há salvação sem arrependimento, sem crer e confessar Jesus como Salvador e Senhor de sua vida!
Introdução:
Paradoxo! Você sabe o que é isto? É quando duas idéias estão em oposição. E isto é visto aqui. Em Mc 5 vemos a fé e em Mc 6 vemos a incredulidade. Em Mc 5 vemos Jesus triunfando sobre as tempestades, o diabo, a doença e a morte. Agora no capítulo 6 vemos a incredulidade dos nazarenos bem como de outras personagens. Eis o paradoxo! A fé é triunfante sobre as calamidades da vida, mas a incredulidade também é real e terrível. A fé pode triunfar sobre as adversidades, mas a incredulidade também tem sua face. E quando ela mostra sua cara fecha as portas a pregação do evangelho. Certamente é uma experiência amarga meditarmos na incredulidade, no entanto é necessária, primeiro para alertarmos os crentes para não permitirem esse mal em seus corações [Não temas, crê somente!], mas principalmente para alertamos os não-salvos que seu grande mal é sua incredulidade, sua descrença, sua não confiança, sua não entrega. No entanto para nós portas fechadas devem nos levar a busca de outras portas que certamente se abrirão pelo poder do evangelho de Jesus.
I. A INCREDULIDADE HUMANA FECHA AS PORTAS A SALVAÇÃO
1. A Natureza Terrível da Incredulidade
Só podemos compreender a terrível consequência da incredulidade se pensarmos primeiramente em sua natureza. Ou seja adianto-me em dizer que a incredulidade leva a condenação ao inferno, mas alguns acham que inferno é brincadeira, algo criado pela religião para amedontrar pessoas. Se entendermos a natureza terrível da incredulidade teremos melhor condição de entendermos o preço terrível que ela gera.
a. Ela é indesculpável
Jesus já estava em pleno exercício do ministério e estava operando milagres [Carfanaum – 30 km] e sua mensagem ecoava na vida de muitos. Portanto os nazarenos não tinham desculpas! Da mesma forma a incredulidade é injustificada, ninguém é indesculpável perante Deus! O poder e a graça de Deus tem se revelado de uma forma clara na vida de muitos e esse testemuho do poder e da graça torna o homem indescupável.
b. Ela é fruto de oportunidade
Jesus oferece a Nazaré [terra onde cresceu] a oportunidade de ouvi-lo e vê-lo pela segunda vez. Jesus crescera ali. Alguém disse que os nazarenos foram as pessoas mais privilegiadas do mundo porque o Filho de Deus cresceu ali. Por trinta anos Jesus andou ali e aquelas pessoas tiveram o Filho de Deus ali morando. Mas quando inciou o ministério Jesus começou por lá e ali ele foi rejeitado (Lc 4:16-30). Ele foi expulso da sinagoga, aqui Jesus oferece uma segunda oportunidade.
2. A Causa da Incredulidade
O povo tornou-se incrédulo por causa da origem de Jesus. Via-o apenas como o carpinteiro, filho de Maria, cujos irmãos e irmãs eles conheciam. Para eles Jesus era um qualquer! Para eles Jesus era simples de mais! Eles percebiam a diferença em Jesus, surpreenderam-se com sua sabedoria e poder, mas não conseguiam compreender ou explicar porque ele era assim! Como um pé rapado é capaz de fazer isto? Como um Zé ninguém poder falar assim e agir assim?
Jesus não tinha honra de seus conterrâneos! Aliás Jesus não teve honra nem dos seus irmãos, nem de sua cidade, nem do seu povo.
3. A Consequência da Incredulidade
a. O Risco da Familiaridade com o sagrado
Se a proximidade com o sagrado é um privilégio ela também é terrível por outro lado. A familiaridade com o Jesus gerou ali preconceito, rejeição, desprezo e não fé. Nada é mais perigoso para alma humana do que se acostumar com o sagrado.
William Barclay afirmou que as vezes estamos tão perto de uma pessoa para ver sua grandeza! Eles acham que conheciam Jesus, mas seus olhos estavam cegos! É interessante que o homem admira o que esta distante, o que é intocável, o mito. O homem não consegue perceber a grandeza da simplicidade.
Cabe aqui uma aplicação sobre o perigo de acostumarmos com o sagrado. Dizem que quem mata é costume e isto é verdade. Quando nos acostumamos com determinadas coisas corremos o risco de perdermos o real sentido dela. Quando nos acostumamos de ir e vir ao culto, podemos correr o risco de acharmos que isto é um mero passatempo, o senso do temor e da reverência é perdido, a atitude de desprezo ou de tanto faz podem tomar conta do seu coração. A perca da alegria, do temor, da reverência, do senso da presença de Deus é o risco que podemos correr quando nos acostumamos com o sagrado!
Cabe mais outra aplicação. Cuidado adolescentes e jovens filhos de pais cristãos. Cuidado, pois você tem crescido no ambiente do sagrado e o costume pode levar a vocês a desprezarem, a rejeitarem porque se acostumam e se acostumam mal. Privilégio traz grandes conseqüências e o desprezo deste privilégio pode endurecer seu coração!
b. O Risco das Portas se Fecharem Definitivamente
Há um preço maior ainda da incredulidade, é que as portas podem fecharem em definitivo! Privilégios e oportunidades não são constantes, elas podem desaparecer! Jesus não permaneceu em Nazaré. Ele foi adiante! Ele não insistiu com ela. Não perdeu tempo. Jesus foi aqueles que poderiam responder a sua mensagem. Deixou Nazaré pela segunda vez e possivelmente pela última!
Não pense que você tem toda oportunidade do mundo para se converter e se arrepender! Tome cuidado! Não se engane! Sua incredulidade pode levar você a uma situação irremediável e incurável, e irrecuperável. Não despreze! Não endureça! Não brinque com as coisas de Deus, não rejeite o apelo ao arrependimento! Não faça isto! Converta-se! E arrependa-se logo! Logo! Você não tem todo o tempo do mundo não! Que é a vossa vida! [Michael Jakson]
c. O Risco de Milagres não serem realizados!
Quão terrível é o preço daí incredulidade, quão desastroso. A incredulidade gera rejeição de Deus e perca de privilégio. A incredulidade fecha as portas aos milagres! O texto de diz que Jesus não pôde! Como? Entenda o texto não esta falando da incapacidade de Jesus em fazer milagres, mas de sua decisão de não querer fazer! Na verdade é Deus que esta pondo um ponto final! Ele não queria e nem deveria fazer mais milagres.
Não há sentido milagres sem Jesus! Há pessoas que querem que um milagre ocorra em sua vida, mas não querem Jesus como Senhor. Eles querem o poder, mas não querem a pessoa!
Que pecado terrível é a incredulidade. É o pecado mais comum no mundo. E o pior, este pecado enche o inferno – Quem, porém, não crer será condenado” (Mc 16:16).
II. JESUS ABRE A PORTA A SALVAÇÃO
Como?
1. Por meio dos seus Discípulos
Jesus chamou, capacitou e enviou os apóstolos (Mc 3:14-15). Agora eles estão treinados, eles são enviados. Eles vão realizar o trabalho em nome de Jesus, com sua autoridade, levando sua mensagem, com extensão de sua própria missão. Quem recebe eles, recebe o próprio Cristo (Mt 10:40). Estou precisando de líderes e por isso tenho capacitado num curso, sei que curso não faz líderes, mas contribui. Por isso ore. E se você sente o desejo de liderar não tenha medo!
2. Por meio da Pregação do Evangelho
Jesus enviou-os a pregarem o evangelho. Ele lhes deu o conteúdo, não era sua opiniões e nem sua idéias próprias era a mensagem do Senhor. Essa mensagem fala de:
a. Arrependimento
Eis a mais urgente necessidade do homem diante de Deus. Arrepender-se significa mudar a mente e uma nova ação em face desta mudança. Não é mero choro ou sentimentalismo. Esta é nossa mensagem principal – Arrependei-vos! Essa é sua necessidade! Não podemos exigir menos do que isso! É impossível alguém entrar no Reino sem isto! Não haverá pessoa no céu sem que tenha se arrependido!
b. Cura
Os apóstolos pregaram aos ouvidos e aos olhos. Eles ungiam as pessoas com óleo para serem curadas. O óleo ali não é medicinal ou mesmo cosmético, é simbólico. Símbolo da presença, da graça e do poder do Espírito Santo. Creio que Deus também nos chama a orar pelos enfermos. No entanto a cura divina é soberanamente determinada por ele. Deus opera por meio indireto e direto. Obviamente aos apóstolos devido a sua posição e preeminência foram dons extraordinários no cumprimento de sua missão. Exemplos eles ressuscitaram mortos, sua sombra curava, seus lenços curavam, eles foram picados por serpentes.
c. Autoridade sobre os Demônios
A libertação faz parte do evangelho. O Messias veio para libertar os cativos. Ele se manifestou para libertar os oprimidos do diabo e desfazer suas obras. O reinado de Deus invadia o reino de Satanás e trazia livres os cativos e oprimidos pelo diabo!
3. Por meio de Estratégias
Deus não é contra metodologia. Eu não sou. Falei numa mensagem atrás sobre culto facilitador (ou culto sensível aos incrédulos). Oponho-me não a metodologia ou estratégias, sou contra toda metodologia que ameaça a integridade do evangelho, que dilui e que camufla as implicações do evangelho. Metodologia que açucara o evangelho tirando dele implicações como negar-se a si mesmo, a morte do eu e para o mundo.
Deus usa estratégias, Jesus usou, os apóstolos usaram e a igreja deve usar. Vejamos mais de perto esta estratégia:
a. Devemos fazer a obra em conjunto
Foram enviados de dois em dois. Ensina-se aqui que para fazer a obra de Deus precisamos de cooperação, de encorajamento. É melhor dois do que um (Ec 4:9)
b. Devemos confiar no provedor e não na provisão
Creio que tudo o que Deus quer que façamos, Ele nos dará os recursos. Assim se estamos carentes de alguma necessidade não podemos culpar o Senhor, mas confiar nele sempre. Eles não deveriam levar túnica extra, alforje ou dinheiro. Deveria confiar na provisão divina. O ministério não é dado para o enriquecimento de ninguém! O ministério não deve ser fonte de lucro.
c. Devemos ser sensível a cultura das pessoas
Deveriam comer o que se colocava na mesa e não deveriam ficar mudando de casa em casa estando numa cidade. A hospitalidade era um dever sagrado no oriente. Envolvia saudação, lavar os pés, e comida, proteção e companhia. Os pregadores não devem podem violentar a cultura do povo ao pregar a Palavra de Deus.
d. Não devemos forçar as portas, mas aproveitar as abertas.
Onde houvesse rejeição os apóstolos não deveriam permanecer, antes deveriam buscar pessoas sensíveis. Precisamos ser sábios e cautelosos, não jogando nossas pérolas aos porcos! É preciso orar para que portas se abram e que estejamos atentos as estas portas.
Conclusão:
Há um perigo terrível na rejeição do evangelho. Você pode na vida ter o privilégio de rejeitar algumas coisas por suas razões pessoais. É sua escolha. Você pode não querer algo. É sua escolha. Inclusive você pode querer rejeitar o evangelho e fechar a porta. Mas saiba bem disto: Não há salvação fora do evangelho, não há salvação sem arrependimento, sem crer e confessar Jesus como Salvador e Senhor de sua vida!
Assinar:
Postagens (Atom)