sábado, 21 de novembro de 2009

OS VALORES DO REINO DE DEUS

Mc 9:30-50

Introdução:

Jesus reitera o ensino [central] sobre a necessidade de sua morte e ressurreição. Por que este repetição e ênfase? Porque a morte de Cristo é profundamente importante para o autor e certamente para o povo de Deus. Ele ensinou, curou e expeliu demônio, mas ele não quer deixar dúvida para que veio aqui na terra. Ele queira deixar claro na mente dos discípulos o propósito principal de sua vinda. Ele veio para morrer.
Por meio da morte de Cristo recebemos muitas bênçãos maravilhosas e o maior problema do homem é tratado e resolvido, os seus pecados. Deus na cruz é justo e justificador. Ele satisfaz o preço do pecado por meio do sangue do seu próprio Filho. A sua repetição também tem haver com a lentidão dos discípulos em compreender o significado desta obra [v.32]. Esse ensino batia de frente contra as expectativas aneladas pelos discípulos. As suas mentes estavam repletas de idéias equivocadas sobre o reino de Deus. Eles acham que o reino seria manifestado imediatamente com grande poder mediante uma ação grandiosa de Jesus. Suas mentes estavam bloqueadas, seus olhos obscuros, seus entendimentos lentos. No entanto a morte de Cristo é central não só por seus benefícios, mas por suas implicações. Por meio da morte de Cristo foi estabelecido um padrão para o reino. Ela impõe implicações e demandas aquele que dela desfruta essas bênçãos. A morte de Cristo estabelece valores para o Reino de Deus.

I. HUMILDADE – No reino de Deus não há lugar para o desejo de ser superior [33-34]

Os discípulos estavam a discutir entre si quem é o maior dentre eles. Quem é o líder! Revelam assim o desejo de grandeza, de preeminência e de superioridade. Sonham com grandeza, projeção e fama. Querem que seu eu seja projetado e honrado.

Esse desejo desafina diante do que Jesus acabara de dizer. Enquanto Jesus fala em dar sua vida eles discutem sobre quem é o maior. O Rei da Glória, o Senhor dos senhores, o criador do universo, esvaziou-se, foi humilhado e entregou-se voluntariamente por nós, tudo por graça e amor. Em contrapartida vemos os discípulos cheios de vaidade e soberba discutindo quem é o maior. A cruz de Cristo sempre será um antídoto contra o desejo de superioridade que tem o coração humano [Fp 2:5-11].

1. É o mais antigo

Esse pecado é antiguíssimo. Começou misteriosamente no coração de Lúcifer, que por causa dele se transformou em demônio. Depois atingiu Adão e Eva no Éden achando que não tinham tudo que mereciam. E se espalhou como uma praga por entre a história da humanidade.

2. Atinge a todos

O orgulho ainda é um dos pecados mais comuns que há no coração do homem. Quer admitamos ou não todos somos assediados por este pecado. Os discípulos foram tomados por ele. Quem poderia imaginar que tais homens pudessem ser apanhados por este mal. Mas ninguém escapa ao desejo de ser o maior, o desejo de ser melhor, o desejo de ser grande. Todos nós já nascemos com este pecado. Todos nós nos julgamos melhores e mais merecedores do qualquer um. [Ils Foto]

3. É sutil

Governa e dirige o coração do homem mais não é percebido e pode até ser revestido de humildade. Essa altivez é uma barreira que nos mantém distante de Deus e do próximo. [I Pe 5:5-6, Tg 5:6,10].

4. Nos arruína

A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito a queda [Pv 16:18]

Quantas pessoas e nações não foram destruídas por causa deste pecado. Derrubou Davi, Senaqueribe [II Cr 32:14,21] Nabucodonosor [Dn 4:30-33] Herodes Agripa [At 12:21-23] Pedro. Destruiu famílias, dividiu igrejas, derrubou pastores

Esse pecado nos arruína e nos impede o arrependimento. É orgulho que nos impede de ver nossos erros e confessá-lo. Impede o homem de se converter, atrapalha o amor entre irmãos, mata nosso crescimento espiritual, corta nosso poder. Cuidemos amados e estejamos alerta contra ele. De todas as vestimentas, nenhuma é tão graciosa e no caem tão bem quanta a veste da humildade, no entanto ao mesmo tempo que é graciosa é rara e difícil de se manter limpa.

II. SERVIÇO – No reino de Deus ser grande é ser servo

No mundo, quem está em posição superior é servido pelos demais, mas no reino não é assim. No reino é o contrário. Dominar é a idéia que o mundo faz de grandeza; mas, a grandeza do crente consiste em servir.
No reino de Deus as coisas são opostas. O maior é o menor e quem tem maior grandeza é aquele que serve.

A ambição do mundo é receber honra e atenção, mas o desejo do cristão é o de dar em vez de receber, servir em vês de ser servido. Servir é ser grande no reino de Deus. Sua grandeza aos olhos de Deus está em servir aos outros.

Para ilustrar esta verdade Jesus usa a figura concreta de uma criança. Naquele tempo as crianças não recebiam atenção dos adultos. Eram insignificante, sendo valorizada se forem educadas e treinadas. Não havia estatuto, elas eram desprezadas. Jesus ao tomar uma criança estava dizendo que quem tomar uma criança, ou seja, os rejeitados, desprezados, os simples, a menos importante aos olhos da sociedade recebe a Ele e quem o recebe, recebe o Pai que o enviou. Tratem bem aqueles que não recebem atenção, aos esquecidos e desprezados.

As crianças pequenas representam aqui os esquecidos, os não notados ou os excluídos, aqueles que por qualquer razão não são levados em conta. Quem vai ao encontro do menor irmão, o mais simples e não notado, é como se estivesse atendendo o próprio Jesus.

Jesus nos encoraja a amar os mais fracos e mais carentes, os mais necessitados. Ser grande portanto é servir, e servir aqueles que de fato necessitam e que obviamente não podem nem tão pouco tem condição de retribuir. A verdadeira grandeza estar em servir os mais fracos e mais humildes. Que incentivo para aqueles que servem! Vale a pena... Que advertência para aquele que não serve!

A ambição humana busca status, riqueza, poder, fama, posição, mas Cristo declara que o caminho para a grandeza é devotar as atenções aos mais humildes e fracos na família de Deus. Há uma grande recompensa em servir a esses, há um reconhecimento de Deus para aqueles que assim o fazem, que buscam investir suas vidas a serviço de outros. Esse trabalho pode até não ser visto pelos homens ou mesmo receber alguma honraria, mas será visto por Deus [Miguelangelo – Deus verá]

Então amados, temos buscado servir os outros o vivemos freneticamente a busca de saciar nossos desejos primeiramente e exclusivamente? Não haverá algo que você deveria esta fazendo no serviço e para a promoção da alegria de outros e não faz? Tem você colocado sua vida a serviço do Reino de Deus? Por que, meu Deus, os servos são tão poucos?

Procure fazer de sua vida uma vida de serviço. Foi isto que Jesus fez com a vida, deixando um poderoso exemplo. Ele sendo Senhor fez se servo por amor de nós. Servir é libertador, nos liberta do egoísmo, da preguiça, nos livra da ansiedade, da preocupação, da murmuração. Servir não é fácil, mas é recompensador tanto aqui como na eternidade.

Continua na próxima semana:


III. TOLERÂNCIA – No reino de Deus não há lugar para o inclusivismo

IV. SANTIDADE – No reino de Deus